A descrição que não aparece na descrição.

Meus desabafos, meus amores, minhas alegrias, minhas dores, meus sonhos, meus medos.
Mundo meu, compartilhado e vivido por nós.
A eterna matemática da vida, sem nunca chegar no denominador comum. Mas sempre sendo dividida com vocês, somada por vocês e diminuida da minha particularidade.
Meu mundinho de Alice, nem parece mais tão particular.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Para Andreza.

"Não quero falar só da falta, filho. Mas parece que foram as faltas que me trouxeram até aqui. Sou cheia de buracos, mas eles também me riem. Acontece que muita coisa mudou nos últimos sete, oito meses. Mais precisamente, no ultimo ano inteiro. E não deu tempo de me encontrar de novo no meio de tudo."

trecho do livro Para Francisco. Comprei este livro na ultima segunda feira, quando me encontrava em uma daquelas minhas depres que nem sheakesper entenderia. Foi difícil a escolha dele, (era isso ou a biografia da Princesa Diana ¬¬') mas foi exata, descobri que muitos são parecidos comigo, e que tirar algo bom de uma depre é um ato de difícil escolha assim com a do livro.

Pra quem ainda não conhece Para Francisco foi retirado de um blog criado por Cristiana Guerra (
parafrancisco.blogspot.com), onde a autora descreve a agonia da perda de seu amor, e a chegada de uma nova esperança, Francisco.
Gostei muito do livro, (sim eu já li!!) e agora acompanho o blog, que continua sempre atualizado, é lindo de se ler, muito se parece comigo, talvez uma versão mais calejada pela vida.

Indico a todos que puderem, leiam este livro, ou até mesmo dêem uma passadinha no blog, é de grande incentivo, é simplesmente inspirador. Gostaria eu de ter tão belas palavras em um momento como este. Para Francisco, não é só uma lição de vida, mas também uma lição de amor livre.


Não tenho muito a escrever nesses dias, a depre não me permite escrever coisas boas, sempre acabam me parecendo um desabafo sentimental, e não é isso que eu quero pra este blog. Então vou utilizar um texto que escrevi enquanto estava ilhada (sem internet e telefone) na praia. Desculpem-me

Segundo sol


Como poderia eu começar o ano animada com toda essa chuva?

A depressiva reconhecida em dias de nuvens e chuva, só espero que este ano não seja tão chuvoso como estes dois primeiros dias, saudades do verão, da sensação de alegria que esta estação nos proporciona, a ilusão de que o mundo é melhor no verão...

Gosto do inverno também, estação pra estar juntinho, pra tomar chocolate quente, ver filme em baixo do edredom, concluindo, estação pra se estar junto, estação para dois, onde a felicidade do “se bastar” se torna o mais puro desejo de companhia.

Ta, mas como é que se vai estar acompanhada se o desejo da estação anterior é de se estar só? Se amor de verão não sobe a serra? Se o verão é de todo mundo e todo mundo é meu? MEU??

Bah não sei não, acho que o saldo do verão é se amar, como diria o poema, cuidar do seu jardim, e assim aguardar que as borboletas cheguem até você, sonhar que neste clima de “pegação” se encontre alguém tão amante de dias de sol como você.

Na verdade isso é um grande desafio, uma vez que o negocio do verão é beijar, beijar, beijar e beijar sem sentimento sem aproximação, sem encanto, e muitas vezes sem nome, tudo assim tão superficial, tão bonito, tão ultima estação, tão o carro da moda, todos tomando sua smirnoff, com seus bronzeados laranja e suas longas madeixas loiras de mega hair (ta eu sei que não posso falar muito MAS...) e o que sobra? No final da noite? Dorme-se só. A maior dificuldade é então achar dentre todas essas superficialidades um único ser que queria um inverno a menos com frio, e um verão com alguns centigrados a mais...

Quem sabe?

Andreza Schmitt em 03/01/2009


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