A descrição que não aparece na descrição.

Meus desabafos, meus amores, minhas alegrias, minhas dores, meus sonhos, meus medos.
Mundo meu, compartilhado e vivido por nós.
A eterna matemática da vida, sem nunca chegar no denominador comum. Mas sempre sendo dividida com vocês, somada por vocês e diminuida da minha particularidade.
Meu mundinho de Alice, nem parece mais tão particular.

terça-feira, 23 de março de 2010

Aquele das verdades.

'Existiria verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo igual a você'


Seria eu uma simples não entendedora do mundo. Ou simplesmente não aceito a verdade?
Ou será que a minha verdade, não é a verdade do mundo? Alguém vê verdade?

Ela se esconde do mundo, ou de nós mesmo? Quantas perguntas sem verdade absoluta. Existiria então a verdade absoluta? Como sumula, parece ser o que o maior número de pessoas julga o melhor, ou mais certo.

Verdades absolutas só existiriam se todos fossem no mundo igual a você. Somos diferentes, tivemos experiências diversas, família, escolaridade, vivencia, inúmeros fatores que nos levam a formar o nosso eu verdadeiro. Por mais que ele seja falso.

A minha verdade é a seguinte, acabou. Finei. Com um esgotamento praticamente invisível aos olhos alheios, me encontro sem possibilidades. Não sei se vou pra frente, pra trás, pra direita ou esquerda. Parece que são todos os lados iguais como se vivêssemos em uma roda. Mas perai! A gente realmente vive. Dizem por ai, que são em momentos como esses que as pessoas fazem as grandes mudanças. Mas mais uma vez, é a dona verdade. Ninguém é igual a mim, e não poderá entender, no máximo compreender. Se o sentido de encontrar uma verdade absoluta é nos tornarmos mais parecidos, dispenso. Mas se o sentido for para nos tornarmos unidos, já fiz minha parte.

Deixei de procurar em tudo a verdade absoluta. Deixei de tentar agradar a gregos e troianos. Me entendi. Aprendi que não preciso, nem devo, ser entendida. Me basta à compreensão. Pois compreensão, não envolve completamente. Deixa aquela brecha para as criticas. E é com elas que nós podemos refletir, reorganizar, e evoluir. Verdade absoluta só é bom para quem não quer mudar. Melhorar. Ela vos prende em um conceito de aceitação universal. Nos padroniza. Nos amarra a mesmice.


A pergunta agora é, ser aceita ou se aceitar? Ser fiel a alguém ou a você mesmo?


Como diria meu pai ' eu não sou o dono da verdade, sou o dono da minha verdade'.


Andreza Schmitt

segunda-feira, 15 de março de 2010

Aquele sobre o Twitter.

Ultimamente andei deixando o blog meio de lado. Na verdade deixei até a escrita de lado. Como se não houvesse tempo para parar e escrever. Troquei a dedicação dos textos de blog, por frases de 150 caracteres do twitter.

Hoje resolvi compará-los.

O twitter é o retrato da vida moderna, você acessa de qualquer lugar, o tempo todo, pra contar qualquer coisa, por mais irrelevante que isso seja para os outros. Não tem controle. É instantâneo. Não precisa parar, editar realinhar. É self service. É como a moda. É moda. Você se ajusta para entrar na roupa. Não o contrario.

O blog é mais como old school. Assim como a carta perdeu seu espaço para o email, os blogs perdem espaço para o twitter. E como nos dias de hoje sempre se é da coleção passada, o blog já toma as caras de relíquia. Quase um relacionamento. Exige tempo, dedicação, paciência. É artesanal. Vintage. Não aquele de marca, aquele do vestido da vovó.

Com um gostinho de nostalgia, paro pra pensar o que vem a seguir. Será que daqui a alguns anos vai bastar pensar e poff! Esta lá, estampado em cores vibrantes para todos verem o seu sentimento mais profundo.

Estamos presos a superficialidade. O complicado não mais interessa. Tempo ninguém tem a dedicar. Nos apertamos em roupas que não são feitas para o nosso corpo. E como aqueles que acreditam que tudo que se precisa saber esta no primeiro beijo, vejo que estamos perdidos em uma pseudo profundidade. Onde é mais fácil pensar que um beijo é o veredito final, do que tentar. Separação é muito fácil. O difícil hoje é se apegar a coisas que exigem mais do que podemos dar. E é exatamente isso que me chama aos olhos.

Talvez se nossa geração continuar a ser revolucionaria sem atitudes, acabaremos em um mundo de apenas relacionamentos cibernéticos.


Um era de revoluções cientificas, mas sem atitude moral.


Quem sabe voltando os olhos para o passado poderemos escrever um futuro melhor.

Andreza Schmitt