Ando do pouco ultimamente. Poucos amigos. Pouco sono. Pouco estudo. Pouca vontade. Pouco descanso. Pouco afeto. Pouca importância. Pouco tempo. E pouquíssimas palavras.
Hoje como sempre, continuei matando o meu leão por dia para a sobrevivência. Mas cheguei muito perto de ser mordida por ele.
Apos tantas mordidas, tantos tombos, tantas rasteiras, vejo que minha vida não esta em seu curso natural. A tendência do ser humano é crescer com que aprende, levantar do tombo a aprender a caminhar com a perna ferida. Eu me vejo cada dia mais cheia de cicatrizes, mais descrente do mundo, mais infeliz com as pessoas, mais desiludida com a verdadeira face do ser humano. Estaria eu me transformando em uma blasée?
Não sei dizer, só que me sinto sozinha, míope num mundo de cegos.
Das tão poucas palavras de hoje estas me pareceram cabíveis ao dia. 'infelizmente após tantas cicatrizes me tornei medrosa a situações de risco, e o pior me tornei rancorosa, hoje elas cicatrizam, mas não somem mais. Apenas estão sendo escondidas todos os dias com uma base barata, que sai no primeiro vento. '
“Carona a gente pega e não se escolhe onde vai para, parando às vezes se aprende o quanto se pode andar”
Talvez com essa diminuída no meu ritmo eu reaprenda a andar.
Andreza Schmitt
Pensando alto
Há 10 anos