A descrição que não aparece na descrição.

Meus desabafos, meus amores, minhas alegrias, minhas dores, meus sonhos, meus medos.
Mundo meu, compartilhado e vivido por nós.
A eterna matemática da vida, sem nunca chegar no denominador comum. Mas sempre sendo dividida com vocês, somada por vocês e diminuida da minha particularidade.
Meu mundinho de Alice, nem parece mais tão particular.

terça-feira, 31 de março de 2009

Poucas palavras.

Ando do pouco ultimamente. Poucos amigos. Pouco sono. Pouco estudo. Pouca vontade. Pouco descanso. Pouco afeto. Pouca importância. Pouco tempo. E pouquíssimas palavras.

Hoje como sempre, continuei matando o meu leão por dia para a sobrevivência. Mas cheguei muito perto de ser mordida por ele.

Apos tantas mordidas, tantos tombos, tantas rasteiras, vejo que minha vida não esta em seu curso natural. A tendência do ser humano é crescer com que aprende, levantar do tombo a aprender a caminhar com a perna ferida. Eu me vejo cada dia mais cheia de cicatrizes, mais descrente do mundo, mais infeliz com as pessoas, mais desiludida com a verdadeira face do ser humano. Estaria eu me transformando em uma blasée?

Não sei dizer, só que me sinto sozinha, míope num mundo de cegos.

Das tão poucas palavras de hoje estas me pareceram cabíveis ao dia. 'infelizmente após tantas cicatrizes me tornei medrosa a situações de risco, e o pior me tornei rancorosa, hoje elas cicatrizam, mas não somem mais. Apenas estão sendo escondidas todos os dias com uma base barata, que sai no primeiro vento. '

“Carona a gente pega e não se escolhe onde vai para, parando às vezes se aprende o quanto se pode andar”

Talvez com essa diminuída no meu ritmo eu reaprenda a andar.

Andreza Schmitt

Um comentário:

Unknown disse...

Tomar uma decisão, seguir uma vida, procurar seu próprio rumo, a escolha... com medo do amanhã que em sonhos se transforme em desilusão.
E... é a vida a bater no rosto, e o tempo a prolongar nossos passos e é a chance que aos poucos fica cada vez mais longe e menos amiga.
Conviver com a solidão..., encarrar os defeitos e os fracassos, recompor os pédaços daquilo que nunca chegamos a ser.
Mas traz a própria estrada um destino... o acaso, o mistério da sobrevivência da humanidade, a profundidade de um ator e palhaço para se safardos desfeixos mal acabados, da rotina e do próximo ato.
E no fundo não sei se viver é bom, mas necessário, o fim só quem sabe quem já chegou lá e estes NÃO FALAM!