A descrição que não aparece na descrição.

Meus desabafos, meus amores, minhas alegrias, minhas dores, meus sonhos, meus medos.
Mundo meu, compartilhado e vivido por nós.
A eterna matemática da vida, sem nunca chegar no denominador comum. Mas sempre sendo dividida com vocês, somada por vocês e diminuida da minha particularidade.
Meu mundinho de Alice, nem parece mais tão particular.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Aquele sobre o Twitter.

Ultimamente andei deixando o blog meio de lado. Na verdade deixei até a escrita de lado. Como se não houvesse tempo para parar e escrever. Troquei a dedicação dos textos de blog, por frases de 150 caracteres do twitter.

Hoje resolvi compará-los.

O twitter é o retrato da vida moderna, você acessa de qualquer lugar, o tempo todo, pra contar qualquer coisa, por mais irrelevante que isso seja para os outros. Não tem controle. É instantâneo. Não precisa parar, editar realinhar. É self service. É como a moda. É moda. Você se ajusta para entrar na roupa. Não o contrario.

O blog é mais como old school. Assim como a carta perdeu seu espaço para o email, os blogs perdem espaço para o twitter. E como nos dias de hoje sempre se é da coleção passada, o blog já toma as caras de relíquia. Quase um relacionamento. Exige tempo, dedicação, paciência. É artesanal. Vintage. Não aquele de marca, aquele do vestido da vovó.

Com um gostinho de nostalgia, paro pra pensar o que vem a seguir. Será que daqui a alguns anos vai bastar pensar e poff! Esta lá, estampado em cores vibrantes para todos verem o seu sentimento mais profundo.

Estamos presos a superficialidade. O complicado não mais interessa. Tempo ninguém tem a dedicar. Nos apertamos em roupas que não são feitas para o nosso corpo. E como aqueles que acreditam que tudo que se precisa saber esta no primeiro beijo, vejo que estamos perdidos em uma pseudo profundidade. Onde é mais fácil pensar que um beijo é o veredito final, do que tentar. Separação é muito fácil. O difícil hoje é se apegar a coisas que exigem mais do que podemos dar. E é exatamente isso que me chama aos olhos.

Talvez se nossa geração continuar a ser revolucionaria sem atitudes, acabaremos em um mundo de apenas relacionamentos cibernéticos.


Um era de revoluções cientificas, mas sem atitude moral.


Quem sabe voltando os olhos para o passado poderemos escrever um futuro melhor.

Andreza Schmitt

Um comentário:

Anônimo disse...

140 caracteres....