A descrição que não aparece na descrição.

Meus desabafos, meus amores, minhas alegrias, minhas dores, meus sonhos, meus medos.
Mundo meu, compartilhado e vivido por nós.
A eterna matemática da vida, sem nunca chegar no denominador comum. Mas sempre sendo dividida com vocês, somada por vocês e diminuida da minha particularidade.
Meu mundinho de Alice, nem parece mais tão particular.

domingo, 27 de setembro de 2009

Aquele da verdade feia.

Há momentos na vida em que se questiona se ainda se deve ter fé. A gente fica dividida entre o mundo que todos nós queremos, e aquele que a gente vive a cada dia.

Conhecemos pessoas que nos fazem perceber que o ‘não vale o que come’ é verdade por mais duro que isso possa parecer. The ugly truth. A verdade é dura, é difícil, nem todos sabem como lidar com ela. Entendo que às vezes o pensamento de ‘mais vale uma mentira bonita do que uma verdade feia’ faz total sentido. Isso complementa o que disse no inicio do parágrafo, na correria da roda gigante do mundo atual, para se sobreviver tem que se destacar. Os meios parecem sempre justificarem os fins. O questionamento não é mais o ‘como chegar lá’. É o ‘com quem eu tenho que dormir pra chegar lá’.


Você vale o que tem, não o que é.


Me pergunto até quando vai se fazer necessário fazerem um filme musical de milhões de dólares para que os adolescentes atuais saibam quem um dia foram os Beatles. Ou até mesmo a Brooke Shields dizer no big evento ‘enterro’ de Michael Jackson que ele amava Charles Chaplin para que seus filmes voltassem às vitrines. Nestes momentos gosto de acreditar que os fins justificam sim os meios. É ridículo ‘ter’ que acontecer essas coisas para que volte a apreciar mestres da musica e da sabedoria. Mas pelo menos assim se conhece. Acaba levando de forma feia e descrente o passado para o presente. Mas funciona. E daí pode se dizer, valeu à pena.

A cada dia que passa a mídia nos atinge de forma mais fácil e baixa. Vende aquele estereotipo pronto de consumidor alvo. Mulher alta, gostosa e burra. E assim tornam praticamente extinto amor pelo que ele é. Não que beleza seja ruim. Ou que mulher feia que é inteligente. É que mulher burra não é complicada. É que sem sentimento não tem sofrimento. E eu digo ‘no pain, no gain’

Como diria Noah em Diário de uma paixão ‘ eu sei que vai ser difícil’ quando dizia a Allie de que ela deveria largar o noivo, rico, lindo seguro e que a família aprovava, para ficar com ele que simplesmente tinha o amor a lhe oferecer. Amor esse que o fez ficar ao lado dela literalmente na saúde e na doença.

Agora me pergunto novamente. Será que vale a pena ter fé?

Noah é aquele 1 em 1 milhão. Aquele cara que não vai ser ‘tentado’ a trocar o difícil relacionamento com a mulher que ele ama, pela simplicidade de uma noite com o estereotipo. É o cara que você sonha que seja o pai dos seus filhos, aquele que por mais que os tempos sejam difíceis, vai dar a eles a melhor lição. Moral. Homens assim são raros de achar, aqueles que não ‘trovam’ você no MSN enquanto está namorando outra. Ou lhe dão moral enquanto está indo amarrar o bode em outra cerca.

Uma vez. Há tempos atrás, eu encontrei um Noah. Só hoje reconheço. E isso dói, não pelo fato de ele não ser o ‘meu’ Noah. Mas sim por ele ser um. E se eu já tive a sorte de ganhar na mega sena dos homens uma vez. Quem me garante que terei a segunda?

A probabilidade é menos de 1%.

Andreza Schmitt

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Aquela velha mania.

‘Meu coração tem manias de amor
Amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar’


Coração com mania de amor sofre, sofre, sofre... E por mais que a marca dos desenganos fique, coração com mania de amor não cansa de querer amar novamente. Coração com mania de amor sabe que a melhor coisa da vida é amar e ser amado em retribuição.

Há aqueles que nasceram para o estrelato, para estudo, para a ciência, e há aqueles que nasceram pra amar. Que vieram com a missão de deixar a sua marca de uma forma mais sutil, porém não menos interessante. Vieram mudar o mundo a passos de formiga, mas com uma determinação de leão. Aqueles que nasceram com uma enorme necessidade por afeto, e uma terrível necessidade de doar ele.

Amam sem ver o ‘lucro’. Amam mesmo sem retorno. Amam mesmo magoados. Amam aqueles que o cercam, e os que ainda virão. Amam por necessidade, mesmo que não seja a sua. Amam além da vida. Amam além da imaginação. Amam até quando não pode mais amar. Amam de uma forma que nada entre o céu e a terra consigam explicar.

Esta cada vez mais difícil de achar. A gente procura aquela mão que irá se estender no dia em que o seu amor parecer não existir. Procuramos sem saber por onde começar, nem mesmo se iremos encontrar. Até mesmo quando dizemos não procurar, estamos. Achar torna o mundo mais simples.

A complexidade das palavras jogadas pelos meus desenganos fica registrada por aqui. A espera da simplicidade para descomplicá-las. Nada que um olhar pela manhã não possa resolver até a mais difícil das equações. A vida. Esta que quando um olhar encontra o outro parece apagar todos os males do mundo. Encantou. Muda tudo.

A marca dos desenganos é difícil de apagar. Mas não é nada que um novo amor não possa curar.

Andreza Schmitt

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

love is all you need.

Três palavras. Dois corações. Um amor.


E mais nada. Simples assim. Ter felicidade pelo resto de seus dias. Sorrir a toa. Dançar sozinho. Amar.

Encher seu coração de alegrias em apenas um segundo. É o carro igual que passa por você. É o adesivo colado na janela de alguém. É o restaurante em que quer ir. É o gosto. É sentir prazer pela simples presença. É rir da sua risada. É ouvir a voz. É ter saudades. É esperança. É tempo. É distancia. É o que faz você sorrir pela manhã. É o que faz você só enxergar perfeição.

Pode ser a coisa mais linda do mundo. Mas também pode ser a mais feia. Lhe faz querer viver. Mas às vezes acaba te matando aos pouquinhos. Essências mudadas com um olhar carinhoso. Uma pilha de teorias corre ralo a baixo com simples palavras.


Nada é difícil. Nada é impossível. A mente viaja.


Paixão queima por dentro. Dói. Faz chorar. Paixão pula feito criança. Ri. Faz bobagem.

Paixão é brisa passageira. Verão em pleno inverno. É inicio. Ou fim. É a melhor coisa do mundo. Ou a pior. É assim mesmo, uma montanha russa de sentimentos.


Amor? É o que sobra quando o carrinho estaciona. É segurança. Confiança. Cumplicidade. Não há medos. Jogos. Perdas. É o que faz você permanecer no parque de diversões por toda a vida.

O amor lhe ensina a gostar de cada cantinho, cada defeito, ou rachadura, na armadura reluzente do príncipe. Que pode não ser o encantado, nem o dos nossos sonhos. Mas trouxe com ele encanto pra nossa vida, e fez sonhar mais longe do que você poderia imaginar.


Um brinde ao nosso sentimento mais puro. Não há duvidas.


‘all you need is love’


Texto feito especialmente pra minha amiga Aline.

Andreza Schmitt

terça-feira, 15 de setembro de 2009

De repente 30.

Vejo de repente 30. Me enxergo em Jenna. Por mais exagerado que possa ser. Ainda me sinto como uma menina de 13. Que acordou com 30.

Sinto que envelheci 20 anos em 3. Olho para as meninas tentando se equilibrar nos saltos 17, com sutiãs de enchimento e querendo 'ser grande', e sinceramente ainda me sinto assim. Sinto saudades. Apesar de parecer ter sido ontem.

Olho no espelho para me certificar do que já sei. É não há rugas, não há 30 anos. Não há espinhas, não há mais 13 anos

Estou fisicamente no meio terno. Mentalmente nos 30 e de coração nos 13. Acho que é chegada a hora de encarar a verdade.

Você tem 20 anos Andreza. Ainda tem muita liberdade de errar. Não seja tão severa consigo mesma. Ainda tem tempo pra pensar no futuro, não precisa pensar em viver tudo pra ontem.

De tempo ao tempo. Por mais difícil que isso seja, é sempre a melhor solução. Só ele vai te mostrar como chegar no equilíbrio. Ou não.

De repente você é assim mesmo. Menina mulher. Aquele mulherão de roupa provocante. Aquela menina de all star.

Tem gente que nunca perde seu lado criança. É adulto, isso é incontestável. Mas gosta de visitar neverland de vez em quando.

Afinal tem coisa melhor que a infância? Eu digo que não. Realmente o tempo pode conseguir um equilíbrio melhor do que o atual, nem 13 nem 30.

Mas sinceramente, sou uma eterna criança. Amo neverland. E não vejo mal nenhum em visitá-la.


Larga esse preconceito bobo de mão. Eu sei que também quer. Vamos juntos dar uma voltinha em neverland?


Prometo que te devolvo inteiro.

Andreza Schmitt

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Tipo um tipo.

Nos embalos de sábado à noite. Me embalo com você. Ao som bom de seu Jorge, esqueço todo aquele mau humor de dias de chuva. Chove lá fora, mas aqui dentro parece fazer sol. E realmente o dia começou com sol, finalmente. Mas a noite me pareceu mais iluminada que o sol do dia. Apesar do banho de chuva.

Se sentir a vontade ao lado de alguém é o supra-sumo de uma boa companhia. Falar besteira. Coisas sérias. Rir. Dançar. Se molhar. Brincar. Cantarolar canções sem tom. Daquelas bem old school. Que às vezes até da uma vergonha de saber a letra. Canções tipo meu pai.

Tipo. Ta prometo que vou parar com isso. Mas tipo é difícil perder tipo uma mania do tipo, tipo entende? Mas ta na hora de parar eu sei.

Acho que és tipo um tipo. Vicia. A gente acha feio ver alguém falar isso o tempo todo, mas quando menos se espera, é pego de surpresa. Esta se falando tipo o tempo todo. Simplesmente não se consegue parar. E por mais que se tente, você é tomado por uma vontade incontrolável de falar, e nessa hora a língua é mais rápida que o pensamento.

Ao contrario da minha mania de falar, não tenho intenções de perder esse vicio. Por mais que venha a me faltar a droga na qual to viciada, no momento ela ta ao meu alcance. Enquanto estiver vou tomando as minhas doses. Cada vez maiores. Ainda bem que essa droga só faz bem. (sem apologia as drogas leitores.)

Uma dose de cada vez. Satisfação garantida. Se vai cantando a musica do momento. Enquanto houver melodias, o som com certeza vai me agradar.


‘Veja você onde é que o barco foi desaguar’


Surpresa?


Andreza Schmitt

sábado, 12 de setembro de 2009

Bolha.

Acordei no meio da madrugada. Procurei meu travesseiro para abraçar. Estava ao meu lado. Apertei o forte contra o peito. Mas ele perdeu o status de indispensável. Acho até que passou o cargo adiante.

Senti falta do teu ombro pra deitar. Do teu peito para abraçar. De dividir travesseiro. Pensei em te contar, tenho certeza que iria rir. Achar fofo e tudo mais. Mas a consciência me disse espera.

Ontem mesmo ainda tinha teu peito pra deitar, como posso já ter saudade? É, a vida é cheia de surpresas. Ontem tudo parecia normal. Hoje parece estar me torturando.

Volto a pensar se devo te contar. Fico pensando sobre aquelas velhas historias, de esperar, de não transparecer, toda aquela problemática clássica dos nossos jogos de amor. Lembrei que foi não tentando te agradar que o fiz. Que foi admitindo meu mau humor em dias de chuva, que comecei um sorrindo.

Na teoria fiz tudo errado. Na pratica deu certo. Mas será que fora da nossa bolha de final de semana o mundo continua a ser assim?

Entre lá e porto alegre existem muitos quilômetros. Muitos pardais. Algumas mudanças de habito. Mas e a bolha, sobrevive à volta?


'Eu quero um beijo de cinema americano
Fechar os olhos fugir do perigo
Matar bandido, prender ladrão
A minha vida vai virar novela
Eu quero amor, eu quero amar
Eu quero o amor de Lisbela'


Teoricamente, sim.


Andreza Schmitt

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Surpresas do amor.

‘You got lucky, babe, when I found you. ’


Surpresas do amor. Eu encontrei. Tu encontrou. Ou o destino nos encontrou. Sorte mesmo é ter o que encontrar.

Se deixarmos a vida nos surpreender, ela realmente o faz. Mas tem que se estar aberto. Deixar a casca para trás. O que tem dentro dela é o que nos faz gostar de alguém. Eu não tenho medo. Na verdade acho que nem tenho uma casca pra você. Deixo que me veja por inteira. Se for para ser que então seja verdadeiro.

‘Rádio ligado, troco estações porque, não sei o som que você, pode odiar’. Troco até achar aquela que mais Le agrada. Enquanto não posso ouvir o som que vem de dentro de você, vou compondo melodias que cheguem até lá. Conquistando em cada acorde um pouco do seu eu. E de vez em quando solto um longo rifle de guitarra, para lhe lembrar que continuo por aqui.

O que mais desejo agora é concluir minha composição. Achar a sua essência. Essa que eu sei que é frágil. Ao contrario do seu alter-ego. Afinal é muito mais fácil sorrir do que chorar. Eu sei disso também.

Não precisa se preocupar em colar avisos de frágil por todos os lados. Não pretendo ser leviana com você, bem pelo contrario quero cuidar de cada cantinho. Mostrar que é de confiança, lealdade, e surpresas que o amor é feito. Posso não saber nada do seu amor. Mas estou disposta a lhe mostrar que toda vez em que seu pensamento ousar ser triste, eu estarei lá pra te abraçar e dizer palavras bonitas. Mesmo que não sejam as certas. Mas são puras.


‘E quando eu estiver triste, simplesmente me abrace. ’


Surpreender-se é um estado de espírito de difícil alcance. Surpresa é algo inesperado. Pra que o inesperado aconteça, tem que se conhecer o esperado. Quanto a isso não se tem nada a perder. Afinal o que se tem agora é nada, porque tentar descobrir poderia ser perder. Não se pode perder aquilo que nunca se teve. Então arrisque-se. Descubra. Se deixe vulnerável. Para que a vida o surpreenda.

Nunca deixe o medo de errar impedir que você jogue.

Entre o nada e a tentativa, eu fico com a tentativa. Não tenho medo de cair. Faz parte da vida. E cada tombo que levo, me faz levantar cada vez mais forte.

Vem, se joga comigo. Se você cair, prometo que vou estar do lado pra levantar sua cabeça.

Me surpreende.

Andreza Schmitt

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Aquele de fora.

‘Todo mundo espera alguma coisa
De um sábado à noite
Bem no fundo, todo mundo quer zoar
Todo mundo sonha em ter uma vida boa
Sábado à noite tudo pode mudar’


Sábado à noite. Visto minha capa protetora. A personagem. A casca da verdadeira eu. Loira, alta, chama aos olhos alheios, simpática, bela, fútil, fresca. Personagem que interpreto com maestria.

Surpreender quem já não espera nada é muito melhor, e mais fácil, claro. Quem compra o exterior, descobre que acabou levando um interior. Por trás daquela coisa breve, se descobre motivos para se permanecer onde se está. Por dentro daquela menina que gargalha sem parar, existe uma mulher trabalhadora.

Não que uma seja eu e a outra meu alter ego. Elas coexistem. Em uma linda harmonia. Tem dias em que atuar é eu e ser eu é meu alter ego, tem dias em que se troca. E ainda assim há dias em que não sou nada disso.

A capa que me envolve todo sábado a noite é mais fácil de ‘vender’. Mas não é fácil de ser comprada. É lógica. Mas ninguém compreende. Tão bom ser diferente. Mesmo que seja para ser igual. É muito legal vê-la ganhar os créditos. Vê-la encantar, sem se desmontar. Ser simplesmente aquela loira que todos vêem a frente.

Rir, dançar, mesmo que não seja a melhor nisso, se torna a mais apreciada por seu mistério. Mas o que há por dentro desta capa? O lógico? A loira burra. É engraçado. Se fazer de desentendida. De quem não é daqui. Planeta terra. Parece caída de dentro da ultima cosmo. Tão sem conteúdo quanto as paginas dela.

Mas o melhor mesmo é vê-la desenhar caras surpresas, em rostos de sabichões. Quando começa a falar sobre a qualidade do vinho e da safra daquele ano. Do quanto seu time de futebol esta despontando no campeonato. De como defende a saída do Sarney.

Aquela capa linda e fútil parece se desmanchar como maquiagem em água. E depois que ela finaliza de retirar até o ultimo suspiro de rímel, você a enxerga. Continua com todas as qualidades da loira, mas a inteligência supera infinitamente a morena.

Mas não se esqueçam que falamos de beleza e cérebro, não de coração. E é exatamente ai que nossa Pietá mostra suas rachaduras.

‘Eu sei, é o amor que ninguém mais vê
Deixa eu ver a moça’

Andreza Schmitt

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Jogos de amor.




'What I’m gonna doing?'


Pra que se questionar tanto. Penso logo existo. Então existo por dois no momento.

Nos últimos tempos andei resmungando pelos cantos. Aaah essas pessoas que pensam de mais. O peixe morre pela boca. E é só estando no lugar delas que se percebe que nunca é demais. Alguém mede a minha febre, por favor?

Impulsiva assumida, nunca me arrependi de ter atitude. Mas ando dando um passo a frente e dois pra trás. Sorriso. Duvida. Sorriso. Pergunta.

E agora?

Já não sei mais se acho o céu azul, mais azul por causa do teu azul. Na verdade nem sei mais se realmente é azul. Penso logo existo.

Estou nessa por amor? Ilusão? Ou cabeça dura?

A conquista me atrai de inúmeras maneiras. Eu sei jogos de amor são pra se jogar, ah, por favor, não vem me explicar. Eu nunca gostei de perder nesse jogo. Mas sabe como é se você para de apostar não tem o que perder.

Desistir eu sei que não vou. Mas continuo assim, pagando apenas o small blind, esperando até aparecer aquele às de copas para aumentar a aposta. Mesmo que seja apenas para esta rodada.


Paga pra ver ou sai da mesa?

É sua a próxima jogada.

Andreza Schmitt

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Um outro instante.

'Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr do Sol, postal, mais ninguém'


Insônia. Simplesmente morrer de sono. Mas nunca dormir. As horas passam. Me reviro no colchão. Mas meus sonhos não me deixam dormir.

Divago comigo mesma, incontáveis vezes. Digo que sim. Tento dormir. Cochilo. Acordo com aquela palavrinha na cabeça, não. Volto a sonhar.


Sonhos de verão. Praia. Calor. Piscina. Comida. Tv. Cama. Eu. Você. Por do sol. Mais ninguém.

Sonhos de sempre. Casa. Trabalho. Inter. Grêmio. Friozinho. Lareira. Sonhar. Despertar. Sol. Cama. Eu. Você. Bom dia.


Perfeição.


E se eu tivesse o poder de criar um momento como o do post anterior? Seria maravilhoso. Infelizmente esse poder não é dado por mim. Mas pra mim. Apenas se continua a apostar.

Eu acordo. Desligo o despertador. Viro para a janela. Sol. Sorriso. Celular.

Uso as minhas duas bobas soltas e inocentes palavras.


Bom dia.


A partir dai o dia corre como todos os outros. Se eu tenho o dom ou não? Não sei. Mas vou seguindo em frente com essa jornada. Que já se tronou rotina. E mesmo assim eu gosto.

Duas palavras lançadas.

Uma hora elas de algum jeito te pegam de surpresa. Tenho certeza. Afinal existem muito mais coisas entre o céu e a terra do que a gente imagina.


Esperando o instante de minhas palavras serem o seu instante.


'Sinto que você é ligado a mim sempre que estou indo, volto atrás'


Quero dançar com você.


Andreza Schmitt