A descrição que não aparece na descrição.

Meus desabafos, meus amores, minhas alegrias, minhas dores, meus sonhos, meus medos.
Mundo meu, compartilhado e vivido por nós.
A eterna matemática da vida, sem nunca chegar no denominador comum. Mas sempre sendo dividida com vocês, somada por vocês e diminuida da minha particularidade.
Meu mundinho de Alice, nem parece mais tão particular.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Nada melhor do que não fazer nada...

'só pra deitar e rolar...'

Foi a musica que tomou minha mente na ultima tarde de domingo. Dia de sol e calor infernal, em pleno inicio de agosto, noite de chuvas e trovoadas, realmente como Porto Alegre, não há igual.

Três amigos sentados no parque, escutando musica e falando da vida. Sensação melhor não pode existir. Se houvesse que se ter um padrão de dia perfeito e ter ele pelo resto da vida, o meu seria este.

Eu gostar de dias de sol não é novidade, de parque também não, de amigos muito menos. Mas o que seria a novidade então? Eu! Por mais estranho que pareça.

Cada dia pareço me distanciar mais de uma fase de minha vida, aquela que começou no exato 14 de agosto de 2008. Não digo que não venha a ter descaídas, mas assim como o blog, já me sinto de cores novas. O preto dando lugar ao branco, e o cinza aos tons de rosa. Eu não tenho mais ilusões de mundo cor de rosa, mas ele no momento me parece colorido. Muita água rolou neste ano. E como diria alguém é tanto sentimento de verdade exposto. tanta gente que molha o teclado em salmoura de olhos. E como eu molhei para conseguir deixar exposto aquilo que meu coração gritava dentro de mim, mas minha voz não conseguia pronunciar.

E nas poucas vezes que tentou, foi severamente podada. Já o blog sempre esteve aqui, sempre aceitou o que eu quisesse. Eu era pré aprovada. Sem nem mesmo tentar. Agora quero agradecer a este ano difícil. Agradecer pelos meus espinhos e suas cicatrizes.

Tive que perder amigos, amores, dores, e família. Mas no fim eu me ganhei, trouxe de volta uma Andreza que não dava as caras a uns bons anos. Mas no fim o original não se desoriginalizou. Ficou escondido, mas achou a essência que tanto buscava. E viu que sempre foi forte.

A menina chorona e com sonhos destruídos, volta a ser a Renata 'com sua arte de sobreviver' dura como pedra, mas dobrável como a folha. Incrível como só damos valor a algo depois que perdemos. Eu tive que me perder, te perder, encontrar ele, ganhar você, encontrar a amizade, perder uma família, ganhar um desejo, para finalmente me ganhar de volta.

Mas aqui estou, a mesma versão calejada da coleção passada. Porém envolta por cores novas e vibrantes. Mas sem nunca deixar de olhar suas tatuagens pretas, e lembrar o que finalmente não será esquecido.

Dizem que rancor é ruim, hoje o vejo como forma de crescimento. Pelo menos este meu rancor, aquele que nunca existiu, que sempre se apagou, hoje esta marcado com tinta preta em minha pele branca. Para que me lembre de nunca mais trilhar os mesmos passos.

Só sei que quero é caminhar. Ou melhor, correr.

Vem. Me tira da poltrona. Me leva pra correr. Mesmo que seja em sentimento.

Me mostra o que essa tal endorfina faz?

Andreza Schmitt

5 comentários:

Amanda Godoy disse...

a cada frase complexa em suas palavras simples tenho mais orgulho de ti...

maisumalmaerrante disse...

Aiii... a dias q eu esperava por este post...Andreza transbordando felicidade.! Disse q acreditava em ti... e q com essa tua força tu te reerguia logão! e foi isso q aconteceu...Ahazo... Ta lindoo e acho q tu jah sabe o q essa tal "endorfina" faz. Bjão garota.. e continua assim

João Romova disse...

Endorfina, morfina, serotonina e dopamina... alguém bata tudo isso com ovomaltine e tome comigo!

Bê Sant Anna disse...

Adoro correr... vale experimentar. Olha esse pra você ver: http://besantanna.blogspot.com/2009/07/barato-total.html

Obrigado por ter aparecido! Seja sempre bem vinda!

Silvana disse...

Marcar a pele branca com tinta preta e deixar nossas cicatrizes a mostra como quem diz... doeo, mas eu venci, ou quero isto muito!