A descrição que não aparece na descrição.

Meus desabafos, meus amores, minhas alegrias, minhas dores, meus sonhos, meus medos.
Mundo meu, compartilhado e vivido por nós.
A eterna matemática da vida, sem nunca chegar no denominador comum. Mas sempre sendo dividida com vocês, somada por vocês e diminuida da minha particularidade.
Meu mundinho de Alice, nem parece mais tão particular.

domingo, 26 de abril de 2009

Metamorfose Ambulante.

'Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Eu quero dizer
Agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Eu vou desdizer
Aquilo tudo que eu lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha velha velha velha velha
Opinião formada sobre tudo'
Metamorfose Ambulante - Raul Seixas

Percebi que faz tempo que não venho aqui falar de mim. Ou melhor, falar da minha personalidade, porque meus textos sempre são sobre minha vida.

Eu a metamorfose ambulante. Alguém não tem o medo de mudar. Não tem medo de tentar. Não tem o medo de errar. Que não se envergonha de suas cicatrizes.

Alguém, lendo meu blog esses tempos, me disse que pareço tristonha pelas minhas palavras, eu parei e refleti... Mas eu não sou uma pessoa triste, tenho meus momentos como todos nós, mas em resumo, posso dizer que me sinto abençoada, e claro, muuito feliz.

Se sou então feliz, porque transpareço tristeza em minhas palavras? Percebi que diferente de muitos, eu não tenho vergonha de mostrar as cicatrizes.

Cicatrizes estas que fazem de mim quem eu sou, marcas da vida cheia de mudanças, para 8 e para 80, sempre procurando um denominador comum, sem medo de errar na matemática pelo meio do caminho, se o português às vezes me falha, busco no inglês uma saída menos clever e mais kinky =P, procurando algo entre o céu e a terra que satisfaça a minha vontade de viver melhor, a espera de um dia de sol e céu azul pra sorrir e um dia chuvoso e friozinho pra dormir.

Se entre uma cicatriz e outra der tempo de um plásticazinha a gente se renova, mas se não der... Nada que uma boa base e um milagroso pó não cubram.

Eu não tenho o desejo de cobrir as minhas, gosto das minhas marcas, tornam verdade tudo que vive, mostram ao mundo o quanto aprendi, e tudo que já fiz para sobreviver ao mundo instantâneo. Apesar de que às vezes se faz necessário esconder, para que nem todos conheçam a sua essência logo de cara.

É como um véu por cima da noiva que adentra a igreja. Pode esconder beleza e feiúra.

Eu, assim como todos, tenho minhas cicatrizes belas e minhas feias, mas acho que é o conjunto da obra que me faz ser maravilhosa. Já disse não tenho vergonha delas. Não tenho vergonha do que elas me lembrar. Não tenho vergonha de fazer novas, mas principalmente não tenho medo de pegar a faca do destino e me cortar novamente.

Eu as acho lindas, amo cada uma delas. Mas nem toda beleza é compreendida pelo mundo.

Andreza Schmitt

Um comentário:

Anônimo disse...

Forte este, mas corajoso, as pessosas na maioria tendem a querer não mostrar suas marcas, mas saber avalia-las faz parte de se amadurecer para a vida, não precisamos mostra-las a todos mas nõ nega-las. Bem sei que já tens muitas desnecessárias até para sua idade, mas é por tudo isto que és esta pessoa maravilhosa!